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PORTUGANTES



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Rotas do Tráfico Humano

Um problema indissociável da imigração é o tráfico de mulheres, feito muitas vezes através de redes organizadas que se espalham por todo o Mundo.
Quais as origens e quais as razões da vinda de mulheres brancas, negras ou mestiças para Portugal para entrarem depois no negócio da prostituição? Por onde entram estas mulheres inseridas em redes ilegais?
As mulheres que chegam a Portugal têm origem, sobretudo, em países como o Brasil, Rússia, Ucrânia, bem como em vários países Africanos.
As de origem brasileira conseguem chegar a Lisboa ou ao Porto por via aérea, directamente dos seus países, mas, como arriscam um controlo mais apertado nos aeroportos, preferem desembarcar em Espanha ou em França, seguindo depois por via automóvel até Portugal. Com pouca instrução e naturalmente com poucos recursos económicos estas são oriundas de estados interiores do Brasil, tal como Minas Gerais e Goiás , com idades entre os 20 e 30 anos na maioria mães solteiras, mas já com experiência na «indústria do sexo».
Ainda assim a Rússia e a Ucrânia são os países de onde partem mais mulheres para a Europa Ocidental.Estas mulheres, viajam por via rodoviária.
Além destes países chegam também a Portugal mulheres vindas da Roménia, Bulgária, Moldávia, Hungria e República Checa. Têm igualmente idades entre 20 e 30 anos, são solteiras sem filhos, e o seu nível de escolarização é médio ou superior.
As mulheres vindas de África atravessam o continente para chegar aos países do Norte, sobretudo Marrocos, de onde tentam depois entrar em Espanha, ou por Ceuta ou por Gibraltar, uma vez que já não existem mais obstáculos e é fácil a entrada em Portugal. As mulheres com origem africana têm uma idade entre os 18 e os 30 anos e não têm, na maioria dos casos, qualquer formação escolar. São sobretudo congolesas, senegalesas, guineenses e, mais recentemente, nigerianas e ganesas.
A vinda de todas estas mulheres, que entram ilegalmente e que por cá continuam ilegais e em situações de grande promiscuidade e precaridade, pode ser desencadeada por respostas a anúncios de trabalho aparentemente simples mas que se revelam bastante complexos: sem saberem, estas mulheres acabam por ser abordadas pelos chamados “loverboys” – espécie de olheiros do negócio. As vítimas esperam, normalmente, trabalhos domésticos, na indústria hoteleira ou na assistência a idosos, mas acabam por sofrer maus-tratos – até violações – e são consequentemente forçadas a prostituir-se.
Este torna-se, assim, a seguir à droga e às armas, o terceiro negócio mais rentável do mundo.
Através de um estudo feito pelo Alto Comissariado para Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), é referido um número de cerca de 5 mil mulheres, por ano, que forçadas a prostituírem-se em Portugal.